sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Amazônia boliviana é prioridade internacional

Os países signatários da Convenção sobre Áreas Úmidas de Importância Internacional, assinada no Irã em 1971 que reúne mais de 150 países, incluiu a região de LIanos de Moxos, na Amazônia boliviana, que é considerada a maior área úmida do mundo, foi incluída na lista de áreas prioritárias para fins de conservação da área.
Esta região ocupa cerca de 7 milhões de hectares.
Os países pretendem certo controle sobre a região, visando afastar ameaças que poderiam refletir em outros territórios, com o desvio de cursos de água decorrentes, por exemplo, de construções de estradas ou da pecuária extensiva e plantações de soja.
Os especialistas referem que a área de LIanos de Moxos é capaz de evitar inundações, manter vazões mínimas nos rios durante o período de seca e regular o ciclo hidrológico.
A sanidade desses cursos d'água e dos serviços ecológicos que oferecem como o retardo de cheias, beneficia as áreas brasileiras.
A decisão não cria obrigações administrativas para o governo boliviano.
O país que apresenta uma área candidata ao sítio da convenção como a Bolívia se compromete com algumas diretrizes.
A expectativa é que o governo boliviano implemente políticas de uso sustentável que garantam a conservação dos recursos hídricos e serviços ecológicos sem a exclusão das atividades econômicas que são desenvolvidas na região. 
Segundo a ONG WWF, os levantamentos feitos na região dão conta da existência de 131 espécies de mamíferos,  568 diferentes aves, 102 de répteis, 62 de anfíbios, 625 de peixes e pelo menos mil espécies de plantas.
A preservação do meio ambiente deve ser uma prioridade dos países. 
Todavia, esta prioridade não pode constituir verdadeira turbação internacional na Amazônia, a pretexto de se preservar as áreas úmidas, o que afronta a soberania dos Estados sobre os seus territórios.