Os moradores do povoado de Tabocas situado no município de Nossa
Senhora do Socorro, no estado de Sergipe interditaram a BR 101 por cerca
de três horas em protesto contra a instalação no local do Polo de
Gerenciamento de Resíduos de Itacanema da empresa Torre Empreendimentos
Rural e Construções Ltda., localizado em plena Floresta Nacional do
Ibura o que ensejará a ocorrência de gravíssimos danos ambientais ao
sítio arqueológico localizado na região.
Além disso o
empreendimento que teve negado o licenciamento ambiental no passado pela
ADEMA - Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe anos atrás,
estranhamente, agora, foi licenciado com a licença ambiental provisória.
Outro aspecto que impede a instalação do referido empreendimento
no município de Nossa Senhora do Socorro é a distância mínima exigida
pela norma vigente entre o aterro sanitário e o aeroclube e o aeroporto
de Aracaju, localizando-se o empreendimento da empresa Torre em plena
área de risco aviário dado a presença de aves no local trazidas pelo
lixo, o que pode provocar acidentes aéreos, tanto no Aeroclube como no
Aeroporto Santa Maria de Aracaju.
Outro problema ambiental
gravíssimo decorrente da instalação do Polo de Gerenciamento de Resíduos
de Itacanema se refere a contaminação das águas subterrâneas na região,
pelo chorume, em especial dos cursos d'água que integram a bacia do rio
do sal o qual compõe a bacia hidrográfica do rio Sergipe, que atende
cerca de 26 municípios; do solo; da fauna e da flora em região de
preservação ambiental.
Além disso a operação do PGR Itacanema da empresa Torre ensejará riscos à saúde da população local do povoado de Tabocas.
Os moradores do Município de Nossa Senhora do Socorre/SE protestaram
contra a implantação do aterro sanitário que dista cerca de 1 km de
cerca de 3 mil residências.
O protesto foi pacífico e gerou um congestionamento de cerca de 3kms.
No local previsto para a construção do Polo de Gerenciamento de
Resíduos de Itacanema funciona um aterro sanitário destinado a receber
apenas os resíduos da construção civil, mas que segundo os moradores
recebe outros tipos de materiais, sem a respectiva licença ambiental.
Segundo a ADEMA existe uma licença ambiental para a empresa TORRE reaproveitar e descartar o entulho da construção civil.