A operação deflagrada acarretou a prisão de 18 pessoas em decorrência de um esquema fraudulento de emissão de licenças ambientais.
O esquema fraudulento desbaratado tinha diversos operadores independentes, não se configurando, em tese, o crime de quadrilha.
Os empresários interessados nas autorizações acionavam despachantes vinculados a funcionários dos órgãos ambientais estadual e municipal que emitiam as licenças ambientais ilegalmente em troca de propinas em dinheiro ou presentes. Os que tinham transito direto não se utilizavam dos despachantes para obterem as licenças ilegais.
Segundo um delegado da PF num processo, a licença ambiental chegou a ser emitida em apenas uma tarde.
A maioria das licenças ambientais criminosas era destinada à extração mineral e a empreendimentos imobiliários em Porto Alegre e no litoral gaúcho.
Segundo a Polícia Federal a previsão é que ao término das investigações, sejam indiciadas cerca de 50 pessoas pelos crimes de corrupção ativa e passiva, crimes ambientais, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Carlos Fernando Niedersberg
Luiz Fernando Záchia
Berfran Rosado
