
Estas substâncias encontradas na referida água paulista, são cancerígenas.
Esta lamentável conclusão advém do relatório emitido pela CETESB - Companhia Ambiental do Estado de São Paulo divulgado na semana passada, que reflete os dados coletados em 2012.
Segundo o relatório em nove cidades paulistas foi constatado mais de 5 miligramas de nitrato, substância derivada da decomposição de matéria orgânica, por litro de água no aquífero o que indica a contaminação do lençol em valores acima do permitido pela CETESB, mas dentro do padrão de potabilidade estabelecido pelo Ministério da Saúde (10 mg/l).
Em Rio Preto o índice foi de 9,14 mg/l enquanto que em Jales a medição mensurou 11,3 mg/l, o que traz risco à saúde da população que se utiliza a referida água, com a incidência de câncer no aparelho digestivo.
Existem muitos poços artesianos que se utilizam do aquífero Bauru, construídos clandestinamente e sem qualquer controle da água coletada.
Segundo a CETESB a grande concentração de nitrato na água da região decorre do uso de fertilizantes (nitrogenados) agrícolas na região, havendo um significativo aumento da área cultivada nos últimos anos.
Outro metal pesado cancerígeno, o cromo, foi encontrado na região paulista em concentrações elevadas (> 0,05 mg/l) em nove municípios, sendo que nos municípios de Palestina, Potirendaba e Guzolândia/SP há alta concentração de cromo (crômio) e de nitrato.
Confirmando o relatório da CETESB, a empresa de saneamento de Palestina - ESAP informa que tanto o nitrato como o cromo são arrastados para o lençol freático por conta das chuvas intensas na região.