Na iminência de um novo apagão no sistema elétrico derivado do baixo nível dos reservatórios e da falta de investimento do Governo Federal, a Usina térmica AES Uruguaiana instalada na cidade de mesmo nome no Estado do RS, deixou de operar e produzir energia elétrica por falta de gás proveniente da Argentina, ficando impedida de realizar os testes com o combustível que antecedem a operação e geração de energia.
A usina encontra-se parada desde 2009 e não há sequer uma previsão de retomada das operações, o que poderia reduzir o risco de racionamento de energia elétrica.
O curioso é que nem a AES Uruguaiana, nem a Sulgás, nem o Ministério de Minas e Energia e nem o Operador Nacional do Sistema Elétrico responsáveis pela reativação da usina, não explicaram porque o fornecimento de gás para dita usina não teve início.
A usina tem uma capacidade de geração de 639 MW.
Apesar do silêncio dos órgãos públicos federais responsáveis pelo setor elétrico brasileiro, uma das razões para a falta de gás argentino seria a complexidade dos contratos que envolvem diversas partes (companhias argentinas, empresas brasileiras e os órgãos do sistema elétrico brasileiro).
Outra dificuldade seria o aumento do preço do GNL no mundo derivado do maior consumo do hemisfério norte.
Um acordo entre os dois países dá conta de que a Petrobrás levaria de navio, o gás argentino até a usina de Uruguaiana.
A importação do gás argentino ocorrerá pela empresa SULGÁS e certamente terá um alto custo que provavelmente deverá chegar ao bolso do consumidor, como sempre.
É o consumidor brasileiros que paga muito caro, pela incompetência gerencial dos governantes brasileiros, que ignoram o planejamento no setor elétrico, mesmo após o apagão de 2001.
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