O lixo eleitoral da campanha de 2012 poderia ser utilizado para a publicação
de 40 milhões de livros escolares com 50 páginas cada um.
Esta quantidade de
lixo (papel) seria suficiente para dar 143 voltas ao redor da Terra, segundo
cálculos do TSE.
Estes dados foram levantados com base nas declarações
contidas nas prestações de contas dos candidatos às eleições municipais de
2012.
Do total de R$ 2 bilhões gastos pelos candidatos com propaganda, R$ 800
milhões foram destinados a material impresso (panfletos e mídia
impressa).
Este material impresso exigiu a derrubada de 603 mil árvores e
consumiu 3 bilhões de litros de água.
Apesar dos avanços do processo
eleitoral, pouco se tem feito em relação ao impacto ambiental provado pela
propaganda das eleições brasileiras.
Devemos repensar a forma de realizar a
propaganda política nas campanhas eleitorais, sem degradar o meio
ambiente.
Além disso, o lixo eleitoral costuma entupir as galerias de águas
pluviais, causando alagamentos e enchentes e quando jogado nas encostas dos
morros, leva ao deslizamento de terra.
Para se ter uma idéia da quantidade do
lixo eleitoral, no Rio de Janeiro são coletados diariamente cerca de 22
toneladas de lixo enquanto que nos dias das eleições a coleta alcançou 300
toneladas de lixo eleitoral.
Além disso, o lixo eleitoral poderia produzir
cerca de 40 milhões de livros, caso fosse dada a destinação correta ao
mesmo.
É o momento de repensar sobre o lixo eleitoral produzido em cada
campanha política no país, gerador de danos ambientais significativos.
http://www.leaoferreira.com/detalhenoticia.php?id=86