quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

A Destinação do Lixo Eleitoral

O lixo eleitoral da campanha de 2012 poderia ser utilizado para a publicação de 40 milhões de livros escolares com 50 páginas cada um.
Esta quantidade de lixo (papel) seria suficiente para dar 143 voltas ao redor da Terra, segundo cálculos do TSE.
Estes dados foram levantados com base nas declarações contidas nas prestações de contas dos candidatos às eleições municipais de 2012.
Do total de R$ 2 bilhões gastos pelos candidatos com propaganda, R$ 800 milhões foram destinados a material impresso (panfletos e mídia impressa).
Este material impresso exigiu a derrubada de 603 mil árvores e consumiu 3 bilhões de litros de água.
Apesar dos avanços do processo eleitoral, pouco se tem feito em relação ao impacto ambiental provado pela propaganda das eleições brasileiras.
Devemos repensar a forma de realizar a propaganda política nas campanhas eleitorais, sem degradar o meio ambiente.
Além disso, o lixo eleitoral costuma entupir as galerias de águas pluviais, causando alagamentos e enchentes e quando jogado nas encostas dos morros, leva ao deslizamento de terra.
Para se ter uma idéia da quantidade do lixo eleitoral, no Rio de Janeiro são coletados diariamente cerca de 22 toneladas de lixo enquanto que nos dias das eleições a coleta alcançou 300 toneladas de lixo eleitoral.
Além disso, o lixo eleitoral poderia produzir cerca de 40 milhões de livros, caso fosse dada a destinação correta ao mesmo.
É o momento de repensar sobre o lixo eleitoral produzido em cada campanha política no país, gerador de danos ambientais significativos.


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