quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Calamidade Pública no Lixo Fluminense


O município de Duque de Caxias/RJ na baixada fluminense pode decretar a qualquer momento estado de calamidade pública por falta de destinação dos resíduos sólidos.
No dia 02/08/12 o juiz da 2ª. Vara Cível da Comarca de Duque de Caxias/RJ atendendo pedido do Ministério Público determinou a suspensão das atividades de transbordo do lixo, nas estações de transferência, dado as condições insalubres,  o que impede o Município de dar destinação ao lixo que produz, por falta de licenciamento ambiental expedido pelo INEA – Instituto Estadual do Ambiente. Determinou, ainda, a decisão judicial a realização de nova licitação no prazo de 60 dias para a coleta de lixo
O caos do lixo fluminense de Duque de Caxias, segundo a Prefeitura decorre da antecipação do cronograma de fechamento do aterro sanitário de Gramacho, que encerrou as suas atividades de Junho do corrente ano e que recebia o lixo da Capital e da baixada fluminense desde a década de 70.
O município fluminense se utiliza de duas estações de transferência, para transferir o lixo para os caminhões da empresa Meskatec Transportes Logística Ltda., que o transportava até o aterro sanitário de Seropédica.
Este fato está gerando o caos na cidade, com a acumulação do lixo nas ruas da cidade.
Segundo a Prefeitura os resíduos da cidade são levados para o Centro de Tratamento de Resíduos de Seropédica, distante cerca de 60 km, o que influencia no ritmo de coleta adequado. Ainda segundo o referido órgão, este tipo de operação não carece de Estudo de Impacto Ambiental – EIA e de Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, visto não se tratar de aterro sanitário, mas de estação de transferência, onde se faz a transferência de lixo entre caminhões. Segundo a empresa Locanty, o contrato emergencial no qual ela substitui a empresa Delta Construções teve início em 15/6/11.
Se a Prefeitura de Duque de Caxias não conseguir reverter judicialmente dita proibição, será decretado estado de calamidade pública.
Esta realidade não é só do município fluminense, mas de milhares de municípios brasileiros, cujos gestores não dão a devida atenção ao problema do lixo e sua destinação consoante as normas ambientais vigentes, razão pela qual, faz-se necessário um planejamento ambiental sério dos resíduos gerados nas cidades.

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